sábado, 3 de agosto de 2013

NA MADRUGADA

Ronca a madrugada
E seus sustenidos incomodam.
São acordes de solidão e tédio.

Vou ao face e todos dormem,
E mesmo os galos estão quietos,
Em temporária pausa.

Abro as janelas e faz escuro,
Os pássaros se foram,
As cores migraram, tudo longe.

Deito-me novamente,
E o travesseiro ao lado,
Vazio como galos sem canto,
Jardins sem cores e pássaros,
Anuncia que não estou só,
A noite invadiu a minha casa.

Francisco Costa

Rio, 03/08/2013.

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