Sim, eu sei
cantar.
Canto a cada
manhã em que o dia se anuncia
E percebo que
permaneço vivo, em comunhão
Com o que me
cerca, extensões de mim.
Canto aos
irmãos pássaros, às filhas flores,
À cada coisa
que exala vida que se cumpre.
Canto às
pedras, minerais texturas
Na
diversidade do que me encanta,
E à água,
pasto do que se pode vivo,
Hidratando
minha alma e meu poema.
Canto a
Deus, possibilidade obrigatória
Onde me
abrigo quando só,
Sem leis,
postulados, teoremas, mulher.
Canto porque
o silêncio enerva e mata.
Só não canto
para os homens.
Poderiam
descobrir que sou desafinado,
Semitono,
perco o ritmo, não sei cantar.
Já os
ouvintes do meus cantos,
Esses nunca
reclamaram
Porque
cantam junto.
Francisco
Costa
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