Ele era o
dono da bola,
O que tinha
vaga certa no time,
Para que
houvesse jogo.
Em lance
duvidoso,
Prevalecia a
vontade dele,
Para que não
fosse embora
E levasse a
bola.
Nunca batia
ou apanhava,
Porque em
cumplicidade
Com meninos maiores
Ou seus pais
em queixas
Acampados em
nossos portões.
De pouco
namoro
Porque
retraído, reduzido
Às próprias
masturbações.
Na escola,
era o que tomava conta,
Quando a
professora saía de sala,
Anotando o nome
de quem conversava.
Casou-se
logo, com a primeira
Que se
ofereceu, prenda
Única e
perfeita, no feitio.
Fez concurso
público,
Garantindo
estabilidade,
Garantia de
aposentadoria
E pouco
trabalho.
Nunca se
envolveu com política,
Coisa menor
e sem cabimento,
Ocupação
para desocupados.
Viveu na sombra,
O sol queima
e incomoda.
Nunca pariu
versos,
Só cultuou
versículos,
Burocraticamente.
Agora, por
falta do que fazer,
Fica
teclando no face,
Pedindo
golpes militares.
É uma
biografia coerente.
Pena que
indecente.
Francisco
Costa
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