(A 68 anos,
num 06/08, o homem perdeu definitivamente a inocência, aprendendo a auto
extinguir-se, agindo como um anti deus, feito de insanidade e fome de poder)
Súbito
desovaram o inferno sobre os homens.
Em vômitos
de fogo e vendavais de medos,
Foi-se o
hímen da inocência humana, rompido
Por átomos
instituindo o caos, inaugurando
Cânceres,
mutações, secando fauna e flora.
Do nada
ergueu-se um apocalipse de horror
Rasgando
ventres, estuprando úteros secos
Em agonia de
emulação ao nada inaugurado.
Depois o
silêncio. O silêncio dos cadáveres
Em partilhas
de pedaços porque não inteiros,
Mas
esquartejados pela insanidade humana.
Nem mesmo
moscas ou micróbios no repasto.
Nada, só o
silêncio do luto, e as pedras calcinadas,
Testemunhos
únicos da fúria atômica libertada.
Francisco
Costa
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