Sempre que o
sol se queda, sonolento,
Fujo de mim,
em galope tresloucado,
Passeando
galáxias e habitando corações.
Esta a minha
sina, vagabundear tudo,
Em
permanente caça de poemas,
Motes para
escritos, motivos de versos.
Em mim
coabitam o que tecla
E o que não
cabe no teclado.
Se bem
aventurança ou maldição, não sei.
Polvo com
bilhões de tentáculos,
Não me sei
se presa ou predador,
Só que cada
humano está preso em mim.
Coletividade
em um corpo só,
Assisto-me
no trânsito da vida,
Partilhando
corpos, almas, corações.
Esta a
anatomia dos poetas,
Mosaico de
pedaços alheios
Alternando
sorrisos e lágrimas.
Francisco
Costa
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