quinta-feira, 27 de junho de 2013

Rubras, tuas entranhas são pura sevícia,
Corrupção do estar quieto, ostensivo
Apelo de posse imediata e completa,
Lascívia que se ostenta carne expressa,
Cenário de orgasmos exigindo posse,
Inauguração de taras proibidas, pronto
Atendimento de urgências, sacanagens
Só insinuadas no poema porque calado,
Sem gemidos e arfares, gritos e beijos
Amamentando a imaginação do leitor
Sem saber se só inspiração, criatividade,
Ou descrição da vida, jardim de cópulas,
Rescaldo de mais uma noite que se fez
Eterna porque diferente e diferenciada,
Dormindo agora entre pernas e umbigo. 

Francisco Costa

Rio, 14/06/2013.

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