Esteta do
improvável
Dedilho
teclados imaginários
Pincelo
cores inexistentes
Digito
palavras sem nexo.
Este o meu
ofício, me ocupar
Com o que se
esconde
Reptilíneo e
só insinuado
Nas dobras
da eternidade.
Vasculho
deuses, potestades
Buscando
indícios, pistas
Na areia
quente da curiosidade.
Por isso
essa necessidade
Imperiosa e
totalitária
De me por a
salvo de mim,
O que faço
em poemas,
Esses
atropelos de palavras
Onde me
anuncio só, só
Um olhar de
incredulidade
Diante do infinito,
da morte,
Da eternidade.
Francisco
Costa
Rio,
13/05/2013.
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