Você é mau,
cruel, covarde
Existe para
implicar comigo.
Eu te odeio
assim vazio, inútil
Como um
temporal na praia.
E ainda fica me olhando
Em abusado
desafio, provocando.
Mas não
adianta, você sabe
Farei uso de
todas as armas:
Lápis,
canetas, teclados, espátulas
Pincéis até
inundá-lo completamente
Até
desfigurá-lo integralmente
Até o
irreconhecimento total.
E com o
prazer do guerreiro
Diante do
inimigo morto, direi:
Mais uma vez
te venci.
Como um deus
distraído
Em atividade
permanente
Eu te dotei
de alma, saltimbanco
Não és mais
um papel em branco.
Francisco
Costa
Rio, 23/02/2013.
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