Quando eu já
não estiver aqui,
For só
referência dada por filho,
algumas
fotos desbotadas,
não mais que
lembranças,
espere Cindy
Lauper cantar,
e acompanhe
True Collors
comigo no
atelier, trabalhando.
Que ouvintes
esqueçam-me a voz
E se atenham
só às canções que,
Entre
sorrisos e paqueras, beijões
espalhei por
aí, mundo afora.
Se Louis
Armstrong colocar a voz
Em seu rádio
e chegar ao coração,
Em discreta
e indignada pergunta,
What a
Wonderful World,
Repare não,
estarei no estúdio.
Não deixem o
capim tomar conta do jardim,
não gosto de
rosas zangadas e dálias sérias.
Cuidem para
que continuem felizes, alegres,
Derramando
cores e perfumes, chamando
Borboletas e
colibris para cópulas e danças.
Cuidem com
cuidado, eu estarei ali.
Se quiser
sorrir em minha memória,
Atenta aos
políticos e imagine palavrões,
Impropérios,
pragas nascidas em mim,
Sujando
poemas em protesto.
Por fim, se
quiseres saber o que eu trazia,
Relê meus
versos, volta a meus poemas.
Ali, despido
da roupa da carne, eu estava
Como estou
agora: absolutamente eu,
Sem
predicados e adjetivos, somente eu.
Se
perguntarem por mim, diga só
Chegou sem
avisar
Partiu sem
se despedir.
Francisco
Costa
06/05/2013.
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