quinta-feira, 27 de junho de 2013

Acordei em amores
Tomado da súbita nostalgia
Dos que não sabem dos píncaros,
E trôpegos, inseguros
Prestam-se prontos à escalada.

Tomo-me do que não sei,
Esse estar só, em sobras
Porque sobra em si,
Carência que vaza e inunda,
Submete a vontades insatisfeitas.

Acordei em amores
E quando acordo assim
Busco olhares, gestos, cheiros...
Porque, miúdo, já não me basto
Em mim.

Francisco Costa.

Rio, 13/05/2013.

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