É tanta
tristeza que imprópria a poemas.
Há desânimo,
depressão, alheamento
a qualquer
coisa imprópria às lágrimas.
A vontade é
de nada e qualquer coisa,
inútil,
inservível à tradução em palavras.
É tudo
escuro, ainda que em dia de sol
ou noite de lâmpadas
acesas, clareando
o que se faz
triste, enlutado sem motivo,
teias de
apreensão sem justificativas,
morbidez de
luto inútil, sem explicação.
Se adiante
vida ou morte, continuidade
ou
finalização, a indiferença do imune
não opta,
para mais aprofundar o sofrer.
Em dias
assim a consciência é castigo,
o castigo, a
condição humana, frágil,
apoiada no
que só se justifica em si.
E se em si
não há justificativa,
tudo está
justificado.
Francisco
Costa
Rio,
30/03/2013.
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