Como dizer
te amo,
Se minha
boca está ocupada
Em beijos
públicos, nas ruas?
Como me
curvar a teu corpo
E puro instintos,
me permitir
Melado e
doce, em oferenda,
Se meu corpo
vaga nas ruas,
Sem dona e
com destino?
Como me
permitir à presença
Se longe me
habito próximo,
Em doação de
tamanho ímpeto
Que quase
sexo nas tardes
Em que
despido de mim
Copulo com a
esperança?
Como me
exigir aqui
Se me sabes
qualquer coisa
Que vaga
leve e longe, soçobra
Ao sabor das
próprias palavras,
Sêmen e sangue
Que fugiram
do texto, do verso
E se fizeram
ereção nas ruas do Rio?
Como me
exigir só para uma
Se puta
política exibo-me
Promessas de
prazeres
Em cada
esquina?
Não posso
dizer te amo, agora,
Mas prometo
voltar
E em rosário
de infinitas contas
Repetir te
amo, te amo, te amo...
Francisco
Costa
Rio,
23/06/2013.
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