Ando tão
cansado de poemas,
Tão de má
vontade às palavras,
Que me penso
aposentado ,
Longe do
léxico e do lógico,
Deitado numa
rede, na sombra,
Em espera de
nada.
As musas
foram-se todas.
Acompanhadas
ou solitárias
Bandearam-se
para as bandas
Do meu
esquecimento, no jamais.
As
implicações políticas e sociais
Afundaram-se
em charcos de lama,
Fedem a
podridão e falência moral.
As flores e
borboletas, os pássaros,
Decorei-os
todos, cada cor e nome,
Apenas se
repetem, mesmos,
Nas minhas
retinas cansadas,
Vendo
monotonia e repetição.
Nesse
aeroporto da vida
Troquei de
guichê, cheguei
Ao terminal
de partida.
Francisco
Costa
Rio, 13/06/2013.
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