Fim do
tédio, do medo, da apreensão.
A inspiração
voltou. Navego novamente
Num oceano
de palavras, signos, pontos
Devolvendo-me
à normalidade de poeta,
Ou de
pretenso poeta em plena plenitude
De existir.
Agora redijo como respiro,
Natural e
simples, involuntário e alheio
Como um
menino namorando o futuro.
Que venham
pois os poemas, os fonemas,
Para que eu
possa domá-los, amestrá-los,
Tê-los nos
braços como a uma namorada
Feita de
sonhos amanhecidos no tempo
Parado,
fixado numa frase, prisioneiros,
Longe de
tudo, reduzidos a versos.
Habito no
mundo das palavras e sem elas
Sou como sem
pulmões, indiferente ao ar,
Intoxicado
pela atmosfera do silêncio
Feito de
esperar palavras, para namorá-las,
Tomá-las
pelas mãos e seduzi-las nos textos.
Francisco
Costa
Rio,
31/05/2013.
Nenhum comentário:
Postar um comentário