quinta-feira, 27 de junho de 2013

Desfolho-me
Como aquela velha mangueira,
Deixando pedaços espalhados,
Partes que foram minhas,
Para a posse da destruição.

A esta folha chamo encanto,
Aquela, dias de sorrisos. A outra
Não nomeio porque roubada
Em uma manhã de vento,
Prematura perdição, sofrimento.

Aquela folha ainda verde
Que no vento dança
Longe, indo-se,
É a minha esperança.

E assim, folha a folha perdida,
Assisto a chegada do inverno
No declínio da minha vida.

Francisco Costa

Rio, 05/05/2013.

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