Não, mulher.
Não espere de mim
Mais que
presença temporária,
Algumas
palavras, gestos corteses.
Em
permanente voo, sou pássaro
Sem pousada
certa, presa do espaço,
Vítima do
transitório, passageiro.
Não apoie em
mim nehuma pretensão.
Vago livre
ao sabor de corpos e olhos,
Sempre em
trânsito, só de passagem.
Não aprendi
das pousadas definitivas,
Só de
estadias ocasionais,
Hospedando-me
sem fazer morada.
Não, mulher.
Não espere de mim
Mais do que
sei e posso dar.
Não me pense
nunca refeição,
Não passo de
simples degustação,
Aperitivo
ocasional,
Jamais prato
principal.
Francisco
Costa.
Rio,
20/05/2013.
Nenhum comentário:
Postar um comentário