(Pra Sonia
Costa, in memoriam)
Visto-me
dessas canções
Como quem se
paramenta
Para
solenidade, atento
A cada
acorde, pausas, sons
Inaugurando
saudades,
Redescobrindo
o que passou
E
supostamente morto, acorda
Tão dentro e
radical, rasgando
Que nem lágrimas
se anunciam.
É muita dor!
Silenciosamente
Vasculho
gavetas, procuro.
Vou aos
bolsos, prateleiras,
Até que
encontro.
Estás
sorrindo o sorriso pálido
Das velhas
fotos adormecidas,
Recusando-se
ao manuseio
E à
contemplação. Olho-a
E entendo
que só, sobro
Soçobro
afogado diante de ti,
Este sorriso
fixo na foto,
Sonoro e
amplo em mim.
Francisco
Costa
Rio,
30/05/2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário