sexta-feira, 28 de junho de 2013

Meço-me pelo que não sei,
Tenho o tamanho de tudo:
das cores das manhãs,
dos trinados dos pássaros,
sabores de hortelãs,
certezas de temporais
que se anunciam e não caem.

Em mim tudo é gasto e grande.
Grande por não caber em mim,
Gastando-se no que sobrou.

Sou só um sonho
Namorando a realidade.

Um dia, solto do que me define
Serei só matéria de memórias,
Estarei finalmente acordado,
Em definitivo tamanho do mundo.

Francisco Costa

Rio, 18/05/2013.

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