Coitados dos
velhinhos, tosse e mal humor,
Chateados
com os meninos nas ruas.
Não, não
falo dos de corpos cansados,
Vergados
pelo peso da experiência.
Boa parte
desses estavam na passeata.
Falos dos
velhinhos, não importa a idade,
De espíritos
velhos
Roídos pelos
cupins do tempo.
Pedem
silêncio na platéia,
Ainda que
diante de espetáculo ruim,
Por medo de
interrupção da democracia.
Como dizer a
uma mulher
Não reaja ao
estupro
Porque
depois poderá vir abstenção sexual?
Como falar
ao pássaro permanece no chão
Porque no
céu há águias e gaviões?
Ah! Os
acomodados, que choram em poemas
E se recusam
a chorar com os olhos,
Que exigem em
versos e calam de silêncio
Omissos e
tristes, em medo estampado.
Ah! Os que por
fidelidade partidária
Ultrajam a
moral e mancham a ética
Mantendo
ladrões, corruptos
Só porque de
mesma sigla partidária.
Há um sol
nascendo.
Se se
ostentará meio dia
Ou será
devorado por nuvens pesadas,
Só o tempo
dirá, o que não me desobriga
De dizer há
sol, daqui a pouco poderá ser
Meio dia.
Francisco
Costa
Rio, 30/06/2013.
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