Enciumado
tenho a inconstância dos pássaros,
Arbitrárias
trajetórias oscilando entre o lento
Das brisas
outonais e o voo picado e célere
Dos
rapinantes em ação, puras garras e bicos,
Sanguíneas
necessidades de lacerações.
Antecedência
de explosão em curso, predação,
Devoro-me
átomo a átomo. Sabor de sangue
E sal,
mastigo cacos de ódio incontido, fúria
Em moradia no
que não se quer permanente.
Enciumado,
mudo-me e píncaro escarpado
Pouco sei de
possíveis calmarias, depois.
E que não me
venham pedir sensatez, calma,
Equilíbrio...
Todas essas impotências miúdas,
Impróprias a
soldar rombos no casco
De um
coração que faz sangue e afunda.
Francisco
Costa
20/06/2013.
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