Inspirados,
os poetas despersonalizam-se,
tornando-se
outros, outras, em comunhão
com o que
não são, ambições explícitas
escorrendo
em versos, manchando poemas.
Livre do que
os acorrenta à realidade, flanam
Impunes
sobre todas as coisas criadas,
Ora sendo
flor, ora borboleta, ora cascata
Ora seca
secando tudo, até as lágrimas.
Inspirar-se
é vencer o medo da solidão,
Saltar sobre
os muros da sensatez,
Sempre na
contramão, até perceber-se só,
como uma
planta num solário, longe da mata
e do mato,
em saudades, solitário.
Francisco
Costa
Rio,
05/05/2013.
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