sexta-feira, 28 de junho de 2013

Quando a dor se tornou mais aguda,
nos limites do suportável, atravessei
dimensões, acredito. Em volta da cama,
meia dúzia de anjinhos de asas azuis
e um batalhão de diabinhos coloridos.

Afeito a presença diuturna no atelier,
Fiquei sem saber como escolher,
se a pluralidade de formas e cores
ou a monotonia de tudo azul, cor fria
dando sensação de muito espaço.

Na dúvida, pedi mais um tempo,
Com a aquiescências de anjos e diabos.
Só por isso estou aqui nesse poema,
Para anjos e diabos, um contratempo.

Francisco Costa

Rio, 30/03/2013.

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