Quando a dor
se tornou mais aguda,
nos limites
do suportável, atravessei
dimensões,
acredito. Em volta da cama,
meia dúzia
de anjinhos de asas azuis
e um
batalhão de diabinhos coloridos.
Afeito a
presença diuturna no atelier,
Fiquei sem
saber como escolher,
se a
pluralidade de formas e cores
ou a
monotonia de tudo azul, cor fria
dando
sensação de muito espaço.
Na dúvida,
pedi mais um tempo,
Com a
aquiescências de anjos e diabos.
Só por isso
estou aqui nesse poema,
Para anjos e
diabos, um contratempo.
Francisco
Costa
Rio,
30/03/2013.
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