quinta-feira, 27 de junho de 2013

Contraditoriamente rancoroso
E pouco propenso a perdões,
Só me permito a sorrisos fáceis
Quando presa de momento poético.

Visceralmente analítico, observo,
Observei sempre, e do que bebi
Pouco para alimentar sorrisos fáceis.

Já chorar, choro muito, e a toa,
Seja em cumplicidade com alguém,
Ou sozinho, porque quem deveria chorar
Não chora. Em meu mundo torto
Sorriso destoa, é só um instante
Perdido que não se justifica.

Já o pranto, este sim, cotidiano,
É a trilha sonora do que me impuseram.

Em mim, sorrisos gratuitos
Só de ironia ou deboche,
Máscaras para o meu choro escondido.


Francisco Costa

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