Contraditoriamente
rancoroso
E pouco
propenso a perdões,
Só me
permito a sorrisos fáceis
Quando presa
de momento poético.
Visceralmente
analítico, observo,
Observei
sempre, e do que bebi
Pouco para
alimentar sorrisos fáceis.
Já chorar,
choro muito, e a toa,
Seja em
cumplicidade com alguém,
Ou sozinho,
porque quem deveria chorar
Não chora.
Em meu mundo torto
Sorriso
destoa, é só um instante
Perdido que
não se justifica.
Já o pranto,
este sim, cotidiano,
É a trilha
sonora do que me impuseram.
Em mim, sorrisos
gratuitos
Só de ironia
ou deboche,
Máscaras
para o meu choro escondido.
Francisco
Costa
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