Voar. Como
seres afeitos ao espaço,
Ao que se
delineia liberdade plena
Porque sem
obstáculos, voar, voar.
Voar curto e
com muitas escalas,
como os
galináceos. Voar sempre
mas em baixa
altura, como insetos.
Voar longe e
alto e permanente,
Como o
condor. Voar a esmo e só,
Como a folha
morta, solta da árvore.
Voar com
missão determinada e clara,
Como o
pólen aderido ao inseto, à ave
Semeando
vida e fazendo a paisagem.
Mas voos
sempre limitados, de chegadas.
Voar , por
fim, além do infinito, longe,
E no pra
sempre, alto, sem possibilidade
De retorno e
descanso, reabastecimento.
Este sim, o
verdadeiro voo, a liberdade
Plena e
total de diferente voar,
Voar na
poesia.
Francisco
Costa
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