Esta canção
Tua cara,
teu corpo, teu sexo
Desperta
segredos e sonhos,
Flutua tua
presença morena
Na minha
memória,
Em todos os
cantos da casa
Vazia, como
a tua inexistência
Feita de
vazios anunciados
Nesta canção.
Em vão ouso
cantarolá-la
Como se
simples e natural
Suportar
idílio inexistente,
Mero
vestígio numa canção.
Mas porque
me morro tanto,
A ponto de
quase pranto,
Se é só uma
canção?
O poeta é um
catador do lixo
Que se
esconde na memória,
Um reciclador
de inutilidades
Pensando
criar jóias. Mas dói.
Francisco
Costa
Rio,
31/05/2013
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