domingo, 19 de maio de 2013

SANDICE


Lá vem você com essa sandice
Róseo nublada de ciúme.
Acaso não me sabe cativo,
Imperativa pertinência,
Particularidade posta
Em seu corpo permissivo
Impondo ausências de divisões?

Como da saciedade esperar mais?
Como, diga-me, como esperar
Voos se tem a posse de minhas asas?
Como imaginar passos longe
Se me sabe ancorado em seu mar,
E mais: afogado e feliz
Esquecido do que foi o ar?

Pare com isso.
Sua desconfiança me é traição.

Francisco Costa.
Rio, 18/05/2013.

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