Perdão.
Não cabes mais nos poemas
E
a luz que trazias está apagada
Entre
canções e versos
Em
algum cantinho perdido
No
mais íntimo da minha memória.
De
ti agora só lembro de um vulto
Que
fulgurava nas tardes de maios e
Setembros,
de anos todos, sempre,
E
que se foi, como a maré e o vento.
Não
lastimo porque é assim mesmo.
Por
mais perfeita e bela na simetria
Da
perfeição inundando as tardes
Toda
flor murcha e queda, anula-se
Vagando
o galho para nova floração
A
estampar-se em novas tardes.
Perdão,
mas o porre de luz acabou
E
a ressaca, indiferença e sombras
Me
exige novas musas distraídas
Para
novos poemas e novas tardes.
Agora
sairemos à cata de plágios
Dos
momentos que vivemos e,
Breve,
renascidos do espanto
E
do incômodo, desfilaremos
Acompanhados
de novos companheiros.
Não
demora e chegará alguém
Que
te levará ao shopping e,
Atencioso
e solícito, comprará
Calcinhas, bombons e sorrisos.
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