Você me pede
um voto de fidelidade
uma prova de amor.
Pode o sol, brilhando,
dizer “eis que brilho?”
Ou as estrelas na noite,
consteladas-cintilantes
afirmar “nós somos?”
Ao que é está
interdito dizer sou.
Ao que está é
proibido dizer estou.
Para que tenho olhos,
senão para desmentir
o que as vezes falo
ou quase sempre calo?
O meu olhar
e o meu silêncio,
sobretudo o meu silêncio,
são os votos de fidelidade
e as provas do meu amor.
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