Mais fácil enxugar uma pedra
de gelo
Que adivinhar o que me vai no
peito.
Há um vazio oceânico em mim,
Gritos amordaçados, vontades
vãs
Desconfianças do que não sei.
Melhor fora morrer, perder a
forma
A dilapidar o próprio espanto
Estampado em cada gesto e
intenção.
Melhor habitar o imaginário
de outro
Do que se imaginar outro, e
outro
Observar em si a consumação
da dor.
Melhor fora nunca haver sido,
Não ter nascido, a ter que se
ver
Alijado do que foi
pretendido.
Sempre que durmo, uma
estrela,
Dessas baldias e tontas,
vagabunda
Deixa o céu mais escuro e
triste
Porque foge e vem me visitar.
Sem ter o que falar,
Parabéns pelo blog! adorei!!! abção poeta!
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