segunda-feira, 20 de maio de 2013

FEELING


O amor, ah! O amor,
Aquele vácuo repentino
Que nos afoga e enobrece,
Reduz a parte do outro.

Sim, o amor, a perda
Da individualidade,
Onde nos fazemos mais
Na medida em que menos,

Simples apêndice anexo
Totalmente subordinado,
Como um cão na coleira,
Identificado com seu dono.

O amor, ah! O amor,
Esse incômodo delicioso
Feito de feitos e por fazer,
Como um sol miudinho

Numa ensolarada praia
De sorrisos e cochichos.

O amor, ah! O amor.

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