Homens há que apaixonados
agem como generais: práticos,
fazem das conquistas, batalhas
eivadas de táticas e estratégias
de tal maneira bem calculadas
que no fundo não amam, jogam.
Outros há que por pouco a dar,
travestem-se de sábios e magos
oferecendo estrelas e segredos.
São os estelionatários do amor,
os que impossibilitados de ser
fingem ser, jamais sendo.
Outros ainda há, os cientificistas,
capazes de se explicarem inteiros
num complexo de hormônios e cios.
Há os capitalistas, sagazes,
crentes do acesso a tudo
pela via do cheque assinado,
os que amam com parcimônia e,
perdulários, cobram carícias
como duplicatas vencidas.
(Muitos
outros há por aí:
os
céticos, farejando traição
em cada
dobra do lençol;
os
religiosos, divinizando
o que é
só carne e ânsia;
os
parvos, aturdidos
entre a
cama e o sorriso promissor;
os
fiéis, sombras doentias
persistindo
mesmo quando
a luz já
é simples lembrança;
os
inocentes, edipianamente
aguardando
adoções e afagos;
os
loucos, de mãos loucas
entre
buquês e gatilhos;
os
místicos, de auras claras
e
corações inúteis
porque
alheios;
os
acéticos, os humildes...).
Eu não..
Síntese porque negação,
apaixonado, dialeticamente
congemino poesia e solidão.
Desligado e dividido,
saio distribuindo versos.
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