Inadvertidamente ou de
propósito
Passei a vida tentando o
cardicídio.
Fiz de cada veia via de
trânsito
Para o envenenamento,
Entupindo-as deliberadamente:
Não bastassem as atitudes
improváveis
E as iniciativas incapazes de
justificativas,
Foram muitos carregamentos de
nicotina,
Doses maciças de sal, gordura
saturada,
Remédios de efeitos
colaterais, sustos
Num coquetel teoricamente
mortífero.
Nada. Surpreendente resistência
assim
Colocou-me diante de cruel
dúvida:
O amigo é de aço, mera peça
metálica
A pulsar no ritmo das horas,
ou tê-lo
De músculo, sangue e emoções
é só
Equivocada suposição?
Aí apareceu você e seu
comportamento.
E o cara, intoxicado de
revolta e decepção,
Por fim morreu.
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