Serviçal
do amor,
Era
ela quem fazia a cama
E
na cama fazia tudo.
Era
ela, por exemplo,
Que
vestia os travesseiros
E,
travessa, me despia.
Era
ela quem esticava os lençóis
E
descortinava as estrelas
Esparramando-se
na colcha,
Por
entre suas morenas coxas
Abandonadas
na displicência
Dos
que aguardam encontros.
Por
ela naveguei nos dias
E
não tremi nas tempestades,
Certo
de que em cada tarde
Estaria
o seu corpo desejado
Enfeitado
em desejos e beijos
Pronto
para a minha chegada.
Mas
se foi, e a cama desarrumada,
Com
o travesseiro desocupado,
Obriga-me
a não esperar mais nada.
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