Cadê
aqueles poemas que em todas as noites
Passavam
por aqui, como fachos na escuridão,
Iluminando
o que vinha adiante e à frente,
Farol
em permanente orientação noturna?
Que
fizeram dos meus poemas que não sei?
Perderam-se,
aposentaram-se ou já morreram?
Habitam
hoje peitos mais afeitos à poesia,
ou
é só ausência temporária, férias inesperadas?
Voltarão
numa revoada de palavras, em jorros
De
sensações inesperadas, apreensão e medo
Esculpindo-os,
verso a verso, sobre o branco
Ou
imunes à minha espera foram-se todos
Sem
aviso prévio ou consolo, pelo menos
Um
sinal de que eu ficaria órfão, parcial,
Com
o meu melhor pedaço amputado?
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