Retorno
agora ao antigamente:
Como
eram leves as tuas mãos
E
mais leves os teus gestos elásticos
De
fêmea docemente violada.
Pudesse
e eu ainda reergueria
Um
templo de mel e aromas
Com
flores sempre desabrochadas
E
uma longa escadaria
A
nos levar a tempos remotos.
Mas
não. Imune ao meu corpo,
Cheia
de tédio e rancor, enviuvaste
Às
minhas súplicas e aos meus olhares.
Reduzida
ao eco das minhas perguntas
És
cada vez mais abstrata e distante
Motivando-me
esses versos desesperados
E
suicídios que vou consumando
Diuturnamente
a cada instante.
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