Entretanto
posta de perfil
Sua
silhueta morna-morena
Projetava
insondáveis mistérios
Sobre
taças proibidas ao uso.
Não
que fosse demasiadamente bela
Ou
tivesse os segredos do universo
Aderidos
aos lábios fartos
Abandonados
em vermelho de agonia.
Toquei-a
e, creiam-me, mais que isso,
Eu
a tive em permanente cio
Inundando-me
os olhos e o quarto.
Hoje,
no entanto,
Voltando
alquebrado e só,
Rompi
portas e memória
E
dei vez ao pranto.
Em
que novos braços andará
Aquele
campo de perdidas emoções,
Pele,
pelos, peitos, pernas...
Poemas
de carne que perdi?
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