terça-feira, 4 de junho de 2013

QUASE ABSOLUTO

Agora só essa minha mão magra
Redigindo saudades.
Há um que de impreciso, estranho,
Permeando o que antecipo:
Mais versos encharcados de você.

Essas canções que inundam a sala,
Reverberam paredes, insistentes,
Penetram ouvidos para, lacerantes,
Rasgar por dentro esse peito vazio
Em espera do teu corpo molhado,
Ainda melado das minhas digitais.

Morro-me em canções e versos,
Em saudade tanta que não me sei
Se eu mesmo ou meus versos,
Se um homem chorando saudade
Ou a própria saudade digitando.

Francisco Costa

Rio, 02/06/2013.

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