Ela trás em
si os quatro elementos,
Que ora
sobrepõem-se, confusos,
Ora se
alternam, definidos e limitados.
Ar: porção
de enlevo, quando, longe
Se aparta de
tudo e sonha anjos, alheia
Ao que nos
cerca e consome, consuma.
Terra: parte
telúrica, material e concreta,
Ao alcance
das minhas mãos, dimensional,
Soletrando o
próprio peso em meus braços.
Água: fração
disfarçada, mãe da vida
Que circula
em suas veias e escorre no sexo,
Mar de
sargaços e sonhos, portal de sonhos,
Entre o aqui
e o paraíso não sei onde, depois.
Fogo: sua
essência, ígneas palavras e gestos,
Fueginas
intenções, labaredas de desejos
Espojados no
olhar que penetra e confunde.
Assim,
consecução de princípios naturais
Ela se
explica natural, condensando em si
A tensão de
tudo, matéria e energia
Em cópula
permanente, gerando vida e poesia.
Francisco
Costa.
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