Pretencioso!
Por que não te limitares
Às próprias
atribuições naturais:
Pulsar,
impulsionando sangue, e amar?
Porque te
envolveres com tudo, inxerido,
E em tudo
palpitar, fofoqueito contumaz?
Porque te
altera o ritmo a fome alheia,
As injustiças,
a desonestidade ornada
De poder, a
apartação de necessidades?
O que te
interessa se poluem, intoxicam,
Mercantilizam
sentimentos nas vitrines,
Vulgarizam o
sexo, perdem as referências?
Porque não
ficar no teu canto, quietinho,
Sem desafiar
enfartos, coronárias entupidas?
Porque tão
voluntarioso e irresponsável,
Envolvendo-te
com o que não é teu,
Exigindo-me
constantes intervenções?
E então o
meu coração respondeu:
Não estou
preocupado com homens,
Preocupo-me
com outros corações.
Francisco
Costa
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