Ridiculamente
apaixonado,
Ornado com a
impropriedade
Do que é
sensato e sério,
Invoco
tempestades interiores,
Numa
profusão de hormônios,
Vontades,
necessidades, medos
Anunciados
na impaciência.
Agora,
despido de mim,
Pouco
importam filosofias,
Ordenação de
pensamentos,
Racionalidade
posta no existir...
Qualquer
coisa que não carne,
Melindre do
acaso elegendo-me
A vítima da
hora, o tolo da vez.
Já não me
pertenço,
Corpo, alma,
pensamentos,
Reduzido a
puros instintos
Estabelecendo
sentido
Ao que até
ontem era nada.
Só anexo da
minha pretensão,
Tateio agora
o que não sei,
De nada
adiantando
A
experiência que colecionei.
Eis que é
chegada a temporada
De parir
versos
E amamentar
poemas.
Cúmplices,
os dias conspiram.
Vítimas, os
meus órgãos transpiram.
Jogaram a
primavera no meu outono!
Francisco
Costa
"... Já não me pertenço,
ResponderExcluirCorpo, alma, pensamentos,
Reduzido a puros instintos
Estabelecendo sentido
Ao que até ontem era nada...
Eis que é chegada a temporada
De parir versos
E amamentar poemas...
Cúmplices, os dias conspiram.
Vítimas, os meus órgãos transpiram.
Jogaram a primavera no meu outono!
Belíssimo...e é um só colorido, inigualável colorido! Beijos e abraços Francisco, meu Poeta predileto e mais querido