(Para minha
irmã, Yvonne Rocha Costa,
uma espírita
convicta)
Lá para além
das montanhas existe luz
E os homens
não partilham coisas,
Mas
sentimentos, palmilhando caminhos
Sem cansaços
e tédios, só de sorrisos,
De almas abertas
ao que se pretende sempre.
Entre nós e
as montanhas há escarpas,
Despenhadeiros,
desertos de palavras,
Invernadas
de lágrimas e silêncios.
Mas as
montanhas são a meta e a mensagem,
O objetivo
de nossos corpos náufragos,
Imersos em
solidão e esperas, possibilidades
De
reencontros urgentes atrás das montanhas.
Elas nos
esperam, certas de que chegaremos,
Quando, um a
um, ela nos acolherá assustados
Em seus
seios, para nos ajudar a transpô-las
E chegarmos,
por fim, na essência de nós mesmos.
As montanhas
nos aguardam, e chamam,
Confiantes
de que os entraves do caminho
Se rebatizarão
autoconhecimento,
Essa coisa
estranha que, longe de nós,
Obscurece a
visão e esconde as montanhas.
Francisco
Costa
Rio,
13/06/2013.
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