Não, de nada
sabem.
Na
autossuficiência que tudo explica,
Da bactéria
a Deus, perambulam tontos,
Agregados à
insensatez e ao suicídio.
Acaso
passa-lhes pela cabeça
A limitação
de se arrastarem,
Cotidianos e
cansados,
No fundo de
um oceano gasoso?
Não! Não
imaginam que levantam os olhos
Para olhar
pássaros e nuvens
Como
lagostas e camarões, todos os bêntons
Levantam os
olhos para ver peixes e espuma.
Falam em
construção civil na inocência
Dos que não
se sabem construindo conchas,
Mineral expropriação
do meio, só empréstimo,
Temporária
edificação do que não ficará,
Digerido nos
intestinos do tempo.
Por isso empestiam, intoxicam, maculam.
Não sabem
dos limites do próprio mar de gases.
Quando
souberem cuidarão
Para que não
seque nem se suje
Na
inauguração de holocaustos e apocalipses.
Pobres
desses seres, cujas pernas rastejam
E as cabeças
se iludem que voam.
Francisco
Costa
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