Reduzida a
puro instinto,
Efervescência
de hormônios,
Laceração de
gemidos na noite,
Ela me
reinaugura menino novo
Rasgando
horizontes, caminhando
Displicente
nos intervalos das horas.
Só corpo e
calor, umidade de algas,
Pulsar de
estrelas, ela decanta
Luz e
trevas, silêncio e som,
E me
encanta, em lascívia
De brisa
morna no rosto,
Dizendo sou
temporal.
Ela é assim,
por isso não sei,
Só sinto,
num turbilhão
De
impressões desordenadas
Que me
beijam, me mordem,
Me erguem,
másculo menino
Digitando a
permanência dela,
Fogo, luz,
labaredas morenas
Inaugurando
tesões tardios
E convocando
poemas.
Francisco
Costa
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