DESDOBRAMENTO
Pronto para
explodir, desconectado
Do que é
sensato e racional, assisto-me
Em ritual de
bizarras sensações, alheamento,
Em profusão
de idéias desconectadas,
Em mosaico
de estupor e surpreendência.
Ei! Eu não
sou esse, sou o que ficou na cama,
Alheio,
preso aos trâmites da própria biologia,
Exalando
respirares e lágrimas, digerindo
As
impressões do mundo. Ei! Libertem-me,
Porque
estrangeiro aqui, peregrino perdido.
Agora
comungo galáxias, espraio-me oceanos,
Quedo-me a
sons inauditos, sinfonias
Orientando
os meus passos em desarmonia
Com o aqui,
paraíso de cânticos e formas,
Cascatas de
luzes, corredeiras de brilhos.
Ei, moço!
Belisque-me, acorde-me, sacuda-me,
Acelere o
despertador, amanheçam, por favor.
Francisco
Costa
Rio,
09/06/2013.
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