Agora,
despossuído de qualquer predicado,
Nu, como na
minha hora primeira,
Perambulo os
labirintos da razão, sóbrio
Como um
inseto empapado em néctar,
Em sonhos e
luz, espaço, sem se dar conta
De que ele é
detalhe a mais, só acidente,
E não
sujeito da tarde morna, obrigatória.
Não lembro
do que fui, das referências,
Deferências,
dos títulos que me apartaram
Do que sou,
esse acidente na tarde morna,
Dedilhando a
ausência da razão em tudo,
Reduzindo-me
à minha essência, mudo,
Um inseto
empapado em versos, em sonhos,
Luz, espaço...
Digitando o que a curiosidade
Jamais
saberá, porque não dos insetos,
Mas da
essência das tardes.
Francisco
Costa
Nenhum comentário:
Postar um comentário