Rosas
blindadas, gerânios loquazes;
Margaridas
iradas, lírios perspicazes;
Crisantemos
revoltados,
Orquídeas
determinadas,
Girassóis
armados, dálias indignadas.
Coleus
mordazes, tulipas desaforadas;
Tinhorões
audazes, íris determinadas.
Até a hera
parasita não hesita,
Adere e
investe, aflita,
Contra o que
lhe fere..
É a revolta
da flora
Pondo termo
a um sistema enfermo
Na
inauguração da aurora.
Ainda que
algumas sumam,
Murchem nas
espumas da dor,
Despetaladas,
As
sobreviventes bastarão
Para dar ao
mundo
uma eterna paz
perfumada.
Francisco
Costa
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