domingo, 2 de junho de 2013

VIAJANDO AQUI

Entre o instante primeiro e a eternidade
o homem arrasta ansiedade e sonhos.
Mil guerras não demoverão a felicidade,
ela fará morada sempre nos sobreviventes.

Por mais que conspirem contra sorrisos,
eles se anunciam naturais, permissividade
de lágrimas recolhidas, de gritos calados,
manipulados pela esperança.

Cada homem é continuidade
do que se estampou destino:
crescer, crescer... Até as estrelas,
ainda que quedas ocasionais
prolonguem a viagem
e nos deixem assim,
mastigando cansaço e tédio,

como crisálidas que invejam borboletas,
sem saber das próprias asas em gestação.

Navegamos um mar de dúvidas,
mas não há mar sem porto.
É só uma travessia,
espaço entre dois pontos.

Entre o chão e as estrelas
o homem debulha pesos
certo de que, leve, voe
até depois do horizonte
até as estrelas,
onde irá se encontrar.

Francisco Costa

Rio, 17/05/2013.

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