Molhada,
subtraída da razão
Ela crava
unhas, dentes
Em urgência
de náufragos submersos,
Agonia de
suicidas no espaço,
Entre a
vertigem e a explosão final.
Com
respiração de afogados,
Estertorando-se
louca, em uivos,
Esmaga nas
mãos o nada,
Punhos cerrados,
retesadas pernas.
Quem a visse
assim, eloquência
De gestos
estampados na noite,
Diria ter
visto um armagedon em curso,
Temporais de
estrelas desabando,
Redemoinhos
de miragens, loucura.
Mas quem
perdesse o momento
E olhasse
depois, veria apenas
Uma menina
entre cobertores,
Sonhando a
inocência dos anjos.
Francisco
Costa
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