Sempre que o
sol se quer ausente,
Escondido
entre estrelas,
O meu
coração foge.
Rebelde
fujão, perambula ruas,
Frequenta
camas proibidas,
Invade
palácios, desfolha livros,
Caminha
idéias tortas e desejos vãos.
Mas quando o
sol se espreguiça
E atende aos
reclamos do dia, acorda,
O meu
coração volta,
Sempre
carregado de poemas
Que esse
vagabundo cata por aí,
Nas minhas
madrugadas tristes,
De insônia e
apreensão, saudades.
E não
adianta tentar prendê-lo.
É rebelde,
mal criado, desaforado
Desde
menino.
Nenhuma
surra o educou,
Nenhuma
derrota o prostrou
Nenhuma
mulher o domesticou.
Tutor do que
não se pode quieto,
Resta-me a
resignação de aguardá-lo,
Na esperança
de que sempre volte,
Não se perca
por aí.
Francisco
Costa
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