Não sei se é
amor, ainda não sei.
Pergunto-me,
e nas ações mais simples
Imagino
possibilidades
De que não
fossem assim.
Há qualquer
coisa de diferente,
Um impulso
indefinido que norteia,
Lembranças
de antigos versos,
Velhas
canções... Nostalgia e vazio.
Súbito
surpreendo-me incompleto,
E o estar só
de ontem
Se grita ser
sozinho, hoje.
Olho minhas
mãos e elas estão vazias,
Reclamando
complemento.
Meu corpo,
até então ocupado por mim,
Ficou
baldio, esperando ocupação.
Há ainda
essa malemolência doce
De amanheceres
campestres,
Andorinhas
no alpendre,
Violas em
acordes, dedilhar de pianos,
Redondilhas
parnasianas.
Não sei se é
amor, ainda não sei,
Mas por vias
das dúvidas
Vou varrer a
casa,
Quero causar
boa impressão.
Começo por
sacudir os tapetes
E espanar o
coração.
Francisco
Costa
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